17.11.09

Teste: Você é supersticioso?




1 - Quando você está andando na rua e vê um gato preto, você:

a) Acha o gatinho super fofo e fica com vontade de levá-lo para casa.

b) Sai correndo e não quer nem saber de encontrar com o bichano.


2 - No Ano Novo o que você faz para atrair boa sorte?

a) Passa a meia noite com as pessoas que gosta, assim você se sente mais feliz!

b) Usa branco, se arma com todos os patuás e amuletos e faz várias simpatias para atrair sorte.


3 - O que acontece quando você deixa seu sapato com a sola virada para cima?

a) Você apenas arruma o sapato no lugar certo.

b) Fica preocupado se alguém da sua família irá morrer.


4) Se tem uma escada na calçada, você:

a) Só toma cuidado para não bater a cabeça e passa, numa boa, por baixo dela.

b) Atravessa a rua só para não ter que passar por baixo da escada.


5) Se você quebra um espelho, qual sua primeira reação:

a) Recolhe os cacos com cuidado, pois não quer que ninguém se machuque.

b) Procura na mesma hora um simpatia para afastar o azar e arruma uma figa, para atrair sorte.


6) Quando alguém diz algo ruim que você não quer que aconteça, o que você faz?

a) Fala para a pessoa ficar quieta no canto dela. Onde já se viu falar esse tipo de barbaridade!

b) Bate na madeira três vezes para afastar os maus fluídos.


7) Quando você ouve uma coruja piar, qual sua reação?

a) Acha super legal ver um bicho desses, você só tinha visto na TV.

b) Afasta o bicho de perto de você, afinal, coruja piando é sinal de azar!


8) Sexta-feira treze é dia de...

a) Sair com os amigos! Para quê mais servem as sextas-feiras?

b) Ficar em casa debaixo dos cobertores. Não custa nada se prevenir.


9) No dia de uma prova bem difícil você...

a) Estuda muito para não ter chance de se dar mal.

b)Já que não deu para estudar faz uma simpatia que sua avó ensinou.


10) Se você fizesse uma tatuagem, seria...

a) Os nomes de seus pais.

b) Um trevo de 4 folhas.


Veja aqui o resultado do seu teste:




Não estou nem ai para superstição (Maioria de respostas A)


Você não tem ideia do que seja essa tal superstição? Na verdade, superstições são crenças que as pessoas têm sobre determinados assuntos, principalmente quando se trata de afastar o azar e trazer a boa sorte. A maioria dessas crenças tem uma história, no mínimo, curiosa, como a de que quebrar um espelho dá sete anos de azar. Que tal aprender um pouco mais?


Não sou, mas me divirto com o assunto (Metade de respostas A e outra metade B)


Você não é daquelas pessoas que vai deixar de sair somente porque é uma sexta-feira treze. No entanto, você não é capaz de desafiar as crenças dos outros, afinal de contas nunca se sabe se seremos castigados.


Sim, eu sou supersticioso! (Maioria de respostas B)




Superstição é com você mesmo! Não quer nem saber de passar em baixo de escada, morre de medo de quebrar um espelho e bate três vezes na madeira sempre que pressente algo ruim. Algumas manias são comuns e muita gente acredita nelas. Mas se isso já virou obsessão, é melhor você relaxar e esquecer um pouco esse papo de superstições, afinal, coisas boas acontecem para quem acredita nelas.












10.11.09

Eu nasci numa sexta-feira 13!




No contexto que entoa a misteriosa sexta-feira 13, tive a oportunidade de vivenciar esta data algumas vezes, na condição de aniversariante do mês de fevereiro. Como parte integrante deste editorial, não poderia deixar de expor um pouco da minha experiência sobre intuição.
Apesar de todo o mistério que cerca esta data, tenho de convir que, por mais que tentasse me distanciar de toda esta mística, não consegui. Para ser sincero, devo contar aqui que não sofri os temidos reflexos da sexta-feira 13. Sou descrente, e nunca evitei desviar de uma escada. Achava até engraçado quando algum transeunte achava por bem, desviar ao passar por baixo de uma.
Recordo-me então, de uma bela sexta-feira 13 de fevereiro, de minha infância. Acordei, abri a janela e disse: “Caramba, hoje é meu aniversário, que dia bom!”, e corri para a rua, sem ao menos escovar os dentes, porém, por se tratar de uma sexta-feira 13, tive o primeiro momento de reflexão sobre a existência da má sorte, pois no momento em que o sol atingira seu ponto mais intenso sobre o céu, por volta do meio-dia, fui surpreendido por cerca de 10 amigos, que sabiam de meu aniversário, e repentinamente acharam por bem celebrar tal dada com o famoso “banho de ovo”. Detalhe: todos os ovos haviam sido enterrados com antecedência a data, para que apodrecessem e piorassem o odor. Como nunca tinha sido vítima de tal brincadeira, achei por bem chorar em casa, na frente de minha mãe, e ela disse: “Parabéns Tiago! Avisei-lhe para ficar em casa, e tem mais, hoje não tem água”. Ou seja, de imediato associei toda má sorte e culpa a sexta-feira treze.
Com exceção deste fato ocorrido, não presenciei mais nada de anormal que pudesse ser atribuído a uma sexta feira 13. A única coisa evidente é a frequência com que o número treze apareceu em alguns momentos importantes de minha vida: Meu primeiro beijo ocorreu quando eu tinha 13 anos, no meu primeiro campeonato esportivo de handebol eu também tinha 13 anos, marquei exatos 13 gols na final quando fomos campeões, tive 13 cães, meu primeiro carro me custou 13 mil reais e passei 13 dias em coma, após ter sofrido a queda de uma laje, na tentativa de pegar um balão e, resultante deste fato, por uma forte pancada na cabeça, sou conhecido como “o 13”, ou seja, denominação a algum código numérico que identifica um louco.
A única coisa que noto, agora com certa maturidade é que diversos amigos e amigas admitem que gostariam de fazer aniversário no dia 13, para então realizarem uma festa à fantasia, e aproveitarem de forma desinibida o transcorrer desta data tão simbólica no Brasil, e que eu, apesar de tudo, não consigo notar anseios de má sorte.









9.11.09

Superstições: Em quais você acredita?


Conheça as versões mais populares:

Figa da sorte:
Na Grécia e Roma antigas, o amuleto era comum, principalmente para mulheres, por ser considerado símbolo de fertilidade. O polegar entre os dedos representaria o órgão masculino penetrando o feminino. Também passou a ser usada contra o mau olhado.


Pular 7 ondas:
Tradição africana ligada à umbanda e ao candomblé. O n° 7 é considerado espiritual, por isso ajudaria a invocar os poderes de Iemanjá, a deusa do mar, que purifica e nos dá força para vencer os obstáculos do ano que está por vir.


Bater 3 vezes na madeira:
Esse hábito apareceu há milhares de anos entre os pagãos, que acreditavam que as árvores serviam de moradia dos deuses. Para chamar o poder das divindades, povos como os celtas batiam nos troncos, afugentando maus espíritos.


Quebrar espelho dá 7 anos de azar:
Os gregos tinham o costume de ler o futuro a partir da imagem de uma pessoa refletida sobre uma tigela com água. Se o pote quebrasse, era azar na certa! Os romanos acrescentaram que a má sorte se estenderia por 7 anos.


13 o número de azar...:
A má fama do número foi dissipada pelo cristianismo, após o relato bíblico da Última Ceia de Cristo, em que 13 pessoas se reuniram à mesa na véspera da crucificação de Jesus.


Passar por debaixo de escada:
Surgiu na Europa medieval. Com os invasores utilizavam escadas encostadas nos muros para invadir castelos, a principal defesa era derramar óleo fervendo sobre os inimigos, ou seja, em quem estivesse debaixo da escada.


Levantar com o pé direito:
Na antiguidade o lado esquerdo era considerado maldito. Com a difusão do cristianismo, a fama do lado esquerdo piorou ainda mais, já que para a tradição cristã, os escolhidos de Deus permaneciam sempre à sua direita.





As superstições em algumas partes do mundo




• Para arranjar namorados no Japão, as moças devem escrever o nome do pretendente no braço esquerdo e depois cobri-lo com um pedaço de esparadrapo por 3 dias. Dizem que após uma semana o sujeito cai de amores pela garota.

• Na tradição chinesa, o número 8 dá sorte. Tanto que a cerimônia de abertura da Olimpíada de Pequim iniciou às 08:08 do dia 08 de agosto de 2008.

• Não se deve varrer ou limpar o chão depois do pôr-do-sol no Paquistão. Caso contrário, corre-se o risco de atrair azar para toda a vida.

• Na Tailândia, quase todas as lojas são enfeitadas com um pênis de madeira, símbolo de fertilidade e riqueza. Os falos podem ser encontrados também em templos, alguns medindo mais de 2 metros de comprimento.




O poder da superstição




As superstições são tão antigas quanto à humanidade. Antes mesmo de o cristianismo se tornar a religião oficial do Império Romano, no século IV, a magia e as superstições eram costumes bastante populares, e para os homens daquela época era tão normal fazer pequenos feitiços como plantar e colher.
Assim que religiões monoteístas começaram uma guerra ao paganismo e à feitiçaria, a superstição virou sinônima de ignorância, coisa de povos "menos desenvolvidos".
Embora seja possível encontrar características supersticiosas dentro da religião, pesquisadores acham um equívoco confundir as duas coisas. "Religião não é magia. Enquanto uma prática supersticiosa, como uma simpatia ou um talismã, serve para melhorar nossa existência aqui e agora na Terra, a religião trata da vida espiritual. A superstição traz um benefício imediato, enquanto a religião busca a paz divina, envolvendo normas éticas e códigos de conduta", diz Pierucci (professor do Departamento de Sociologia da USP e autor do livro “A Magia”).
O bom é que diferentemente da religião, a superstição tem fins específicos, afinal quando se trata de superstição tudo é mais prático, pois ninguém precisa acreditar 100% numa simpatia para executá-la. Basta acreditar um pouquinho, que já vale a pena realizá-la. Se surgirá o efeito esperado, daí já é outra história. É como se faz presente o dito popular: "Eu não acredito nas bruxas, mas que elas existem, existem."
O mundo evoluiu, a ciência consegue hoje provar fenômenos que no passado assustavam e intimidavam os homens, mas ainda não conseguimos explicar muitos dos mistérios da vida. Talvez seja por isso que conservamos crenças milenares que acabam fazendo parte de nossa cultura.
Sobretudo, devemos estar atentos, pois o fato de um povo cultuar muitas crenças, o transforma em seres de fácil manipulação, devido a condição que se impõe.
Curiosidade: Superstição é a crença sobre relações de causa e efeito. Um efeito de mau agouro, ou um efeito de proteção.
São consideradas superstições, as disciplinas que a comunidade cientifica chama de pseudociências, tais como: adivinhação, astrologia, cartomancia, feng-shui entre outros.
Com o pensamento da ciência moderna, algumas das pseudociências deram passo ao nascimento de ciências. É o caso da astrologia da qual surgiu a astronomia, da alquimia que deu origem à química, entre outras.


Feliz Ano Novo!



Quem não tem uma simpatia, um ritual, ou uma atitude por mais singela que seja para passar essa data tão especial? A chegada de um novo ano! Ou seja, a oportunidade de transpassar, deixando o velho, o falho, as desilusões, insatisfações, para iniciar o novo, cheio de boas realizações.
Existe nessa época do ano, uma preocupação demasiada do ser humano em atrair sorte, dinheiro, amor, prosperidade e saúde para assim, desfrutar de tudo isso no ano que está por vir e, afastar energias negativas e invejas, que atraem inércia, pobreza e doenças.
Para melhor evocar as boas energias e afastar as más, no dia 31 de dezembro, o brasileiro se veste de branco. Esse hábito já é tão corriqueiro em nosso país, que é até comum, pessoas descrentes, vestirem-se de branco para a virada do ano. Litorais para pular 7 ondas e jogar flores para Iemanjá também é uma preferência nacional de fim de ano.
Na Ceia brasileira de ano novo, é comum vermos a combinação de alguns pratos de acordo com nossas crenças e superstições. Como por exemplo, a lentilha para um ano novo próspero e rico, e as frutas, em especial as que têm muitos caroços, como por exemplo, a romã, que você deve comer e guardar na carteira sete sementes para que não falte dinheiro o ano todo.
Na tradição brasileira, diz também que devemos evitar aves, pois ciscam, o hábito de jogar terra para trás, simboliza atraso de vida. Os peixes são considerados uma boa opção, pois, são grandes navegantes, e devido ao grande número de ovas que produzem, são considerados representantes da abundância.

Você sabia que a sociologia, a psicologia e psicanálise se interessam pela superstição?


“Existe em nós uma função intelectual que exige unidade, conexão e inteligibilidade... e se, em consequência de circunstâncias especiais, (ela) não puder estabelecer uma conexão verdadeira, não hesitaria em fabricar uma falsa”                  Freud



Ao contrário do que muitos pensam a superstição não é algo simples. Ciências humanas como a sociologia e etnologia, a psicanálise e a psicologia se interessam pelo seu estudo.
Essas ciências procuram explicar superstição e magia através de teorias centradas nas fontes individuais ou sociais, nas funções, nas condições de emergência ou nos fatores de transmissão desse conjunto de crenças e práticas.
A sociologia e etnologia - consagradas pelos estudos dos fatos sociais nas sociedades modernas ou primitivas.
A psicanálise interessada pelas estruturas mentais profundas e pelos mecanismos inconscientes subjacentes aos comportamentos manifestos. E a psicologia procurando pôr em evidência, em domínios como o da percepção, da memória ou da aprendizagem, as leis que regem os comportamentos e as atitudes do indivíduo, enquanto tal, ou em interação com o meio ambiente.
Muitos estudiosos que falam sobre a superstição vão relacionar o assunto com a noção de estado afetivo. Assim, para Mauss, sociólogo e antropólogo francês, existem na própria raiz da magia e/ou da superstição estados afetivos geradores de ilusões.
As práticas mágicas e supersticiosas teriam por função, segundo Malinowski, antropólogo polaco, pôr fim a um estado de ansiedade proveniente da incerteza diante da qual se encontra o homem.
Outros estudiosos do assunto dizem que alguns ritos compulsórios poriam fim a um estado de ansiedade criado pelo medo do desafio ou do sucesso.
Freud, diz que a superstição é uma manifestação de neurose obsessiva. Ele defendia a idéia de que “os lapsos verbais ou escritos não são acidentais, mas como as premonições ou as profecias, resultam da projeção no mundo exterior de pensamentos, medos e desejos reprimidos”.
Já Piaget, explica que uma tensão afetiva pode fazer um adulto voltar a um estágio do pensamento infantil. Para ele, a superstição é uma “manifestação do realismo infantil”.
Assim, a idéia de certos estados de ansiedade estaria relacionada fortemente com crenças mágicas ou supersticiosas e essas permitiriam, dotando-se de elementos do mundo exterior de um poder mágico, que toda a tensão resultante se reduziria.
Não podendo esquecer também que a superstição responde à nossa necessidade de segurança.