9.11.09

Você sabia que a sociologia, a psicologia e psicanálise se interessam pela superstição?


“Existe em nós uma função intelectual que exige unidade, conexão e inteligibilidade... e se, em consequência de circunstâncias especiais, (ela) não puder estabelecer uma conexão verdadeira, não hesitaria em fabricar uma falsa”                  Freud



Ao contrário do que muitos pensam a superstição não é algo simples. Ciências humanas como a sociologia e etnologia, a psicanálise e a psicologia se interessam pelo seu estudo.
Essas ciências procuram explicar superstição e magia através de teorias centradas nas fontes individuais ou sociais, nas funções, nas condições de emergência ou nos fatores de transmissão desse conjunto de crenças e práticas.
A sociologia e etnologia - consagradas pelos estudos dos fatos sociais nas sociedades modernas ou primitivas.
A psicanálise interessada pelas estruturas mentais profundas e pelos mecanismos inconscientes subjacentes aos comportamentos manifestos. E a psicologia procurando pôr em evidência, em domínios como o da percepção, da memória ou da aprendizagem, as leis que regem os comportamentos e as atitudes do indivíduo, enquanto tal, ou em interação com o meio ambiente.
Muitos estudiosos que falam sobre a superstição vão relacionar o assunto com a noção de estado afetivo. Assim, para Mauss, sociólogo e antropólogo francês, existem na própria raiz da magia e/ou da superstição estados afetivos geradores de ilusões.
As práticas mágicas e supersticiosas teriam por função, segundo Malinowski, antropólogo polaco, pôr fim a um estado de ansiedade proveniente da incerteza diante da qual se encontra o homem.
Outros estudiosos do assunto dizem que alguns ritos compulsórios poriam fim a um estado de ansiedade criado pelo medo do desafio ou do sucesso.
Freud, diz que a superstição é uma manifestação de neurose obsessiva. Ele defendia a idéia de que “os lapsos verbais ou escritos não são acidentais, mas como as premonições ou as profecias, resultam da projeção no mundo exterior de pensamentos, medos e desejos reprimidos”.
Já Piaget, explica que uma tensão afetiva pode fazer um adulto voltar a um estágio do pensamento infantil. Para ele, a superstição é uma “manifestação do realismo infantil”.
Assim, a idéia de certos estados de ansiedade estaria relacionada fortemente com crenças mágicas ou supersticiosas e essas permitiriam, dotando-se de elementos do mundo exterior de um poder mágico, que toda a tensão resultante se reduziria.
Não podendo esquecer também que a superstição responde à nossa necessidade de segurança.

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